Gonçalves é um daqueles lugares que nos faz desacelerar logo na chegada, quando você encontra muitos lugares fechados para o almoço, pessoas caminhando despretensiosamente pelas ruas e vendo a vida passar. Dessa vez o chalé eleito tinha nome e endereços inusitados, Cafundó, vire a ponte a esquerda, sobe, sobe, sobe a estrada de terra, passe pelos eucaliptos, desça, desça, desça, entre a direita na bifurcação(uma pausa para pensar e mudar a indicação), desça, desça, desça e depois de um trajeto plano o chalé e acredite, encontramos o nosso paraíso particular durante três dias, rodeado por um pasto cheio de vacas e meu próprio pé de manjericão que podia apreciar da janela da cozinha
Nada se sinal de celular ou Wifi, para isso você tem que ir até a padaria São Francisco, a mais descolada da cidade, com um porão incrível, no melhor estilo medieval e toda a sorte de guloseimas, pães, doces e capuccinos enormes. Abastecer a geladeira em um dos dois supermercados da cidade, que possuem o necessário, sem complicações, a feira de orgânicos em um galpão no centro da cidade aos sábados pela manhã e se aventurar pela estrada de terra seguindo a placa Mussarela de Búfala. Tudo simples e acolhedor, a cesta deixada pela dona do chalé com leite de vaca, ovos caipiras, queijo fresco e broas de milho assadas em folhas de bananeira, entrar na casa da vendedora de queijos, experimentar a banana frita que está sendo preparada ali na hora, a conversa com uma artista plástica simpática, ex moradora da capital que escolheu viver ali, depois de conhecer muitos lugares Brasil afora em busca de paz...luxo é isso, ter tempo, fazer suas próprias escolhas, ter tempo para a vida, curtir um festival com casamento junino caseiro, comidas típicas
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