¨Um espaço como as nossas vidas, em constante transformação, um espaço para cuidar de tudo que nos cerca pois a vida faz mais sentido quando nos orgulhamos dela...¨

Flávia Hernandes Bernini

12/08/2017

Saudades de uma vida normal e anonima

Já faz muito tempo que venho pensando essa questão das exposição na minha vida, fotos, compartilhamentos, check-ins e selfs, já que sim também sou uma viciada nas novas tecnologias
Sou aquela pessoa que consegue, quase que com sucesso absoluto escapar de todas as fotos de família e em grupo e antes que me pergunte não, não sou nenhuma criminosa foragida, simplesmente não sinto essa necessidade de aparecer em todos os registros e lugares que visito, fico feliz com fotos de coisas e lugares e mais ainda em passar algum tempo contemplando o que é belo. Também tomo alguns cuidados, por exemplo só compartilho o que leio e de algum modo, faz sentido para mim
Estamos passando dos limites já faz muito tempo, é quase impossível apreciar uma obra de arte, um concerto ou qualquer coisa interessante sem os incontáveis fotógrafos com seus paus de self e outras parafernalhas à frente, um suplício!
Nada escapa, até para um workshop de Yoga de 3 dias fui convidada a assinar um termo que autorizasse a utilização da minha imagem, seja por vídeos ou fotos feitas, ainda estou em choque...uma prática milenar, que promove a instrospecção, o auto conhecimento, algo extremamente público, ao meu ver claro, talvez Patanjali e outros mestres não se importassem mas eu confesso que estou incomodada e que não acredito no rumo que a vida está tomando, no quanto estamos viciados nessa tecnologia, doentes e tão distantes da nossa essência e escravos dos likes e do excesso de exposição que ao meu ver agrega muito pouco
 

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